VIDIGAL:
O MEU LOCAL
40 ANOS DE RESISTÊNCIA
Em 2015, a favela do Vidigal festejou 75 anos de sua fundação. De lá para cá, diversos eventos foram programados e realizados em função das celebrações dessa data. Como quase todas (ou todas) as favelas da cidade do Rio, o Vidigal sofreu ameaças de remoção ao longo de sua história e, especialmente no dia 24 de outubro de 1977, vivenciou um dos principais episódios de resistência contra sua extinção, em que os moradores se insurgiram contra o poder público, e a luta pela permanência tornou-se mais acirrada. Diante do espírito combativo, juristas famosos e instituições voltaram suas atenções para a localidade, apoiando a causa contra a remoção.
Na presente data, 24 de outubro de 2017, comemora-se 40 anos desse episódio de força e determinação dos habitantes,e é nesse contexto que os alunos do C. E. Almirante Tamandaré homenageiam com poesias, através desse livreto, não apenas os envolvidos diretamente coma ação contrária àtransferência da favela para outro bairro, mas a todos os que, de uma forma ou de outra, contribuíram – e/ou contribuem – para os diferentes momentos de resistência, dentro e fora do Vidigal, levando sua cultura aos quatro cantos do Brasil e do mundo. Tomando como base o poema Canção do Exílio, de Goncalves Dias, os textos refletem a visão dos estudantes sobre o seu lugar, mostrando que a favela se constitui como umaárea de coisas boas e ruins, mas é, acima de tudo, local de gente que batalha e resiste.
É preciso enfatizar a importância dessa trajetória, valorizar seus sujeitos e preservar a memória da região, considerando que um povo sem memória não tem história e sem história esse povo deixa de existir. Nesse sentido, acreditando que o ambiente escolar ainda seja, não o único, mas um dos principais lugares de reflexão e de ações que visem a formação dos sujeitos em prol das mudanças sociais, nada melhor que usar esse espaço para comemorar a data em questão, através do resgate da memória e da homenagem aos moradores, exemplos de luta e resistência.
Comunidade
do C.E. Almirante Tamandaré.
Vidigal é o meu lar
Minha terra é o Vidigal
O terror mora aqui
Todo dia chega a notícia
Que o morro vão invadir
Nossas casas alagadas
Pelas lágrimas que caíram
Meu rosto entristece
Com mais uma guerra sem fim
Sair com meus amigos já não posso mais
Nesse tempo de ódio
Só quero é viver em paz.
(Walace Dias – turma 1002)
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Sou do Vidigal,
Onde gringo tira férias
Onde pobre está sendo esquecido
E preto é discriminado
No Vidigal temos de tudo,
Temos vista privilegiada
Onde playboy
sobe para tirar foto
Nesse coração favelado
Apodrecem amores mortos
Nos tiroteios da vida
Onde os traficantes
Que não gostam do amor
Usam a droga do destino
Para sustentar seu vício na dor
Nessa favela
Sentimentos maltratados
Vivem amontoados
Em barracos caindo aos pedaços,
De frente para o esgoto a céu aberto,
Repleto de moscas e insetos
Esse coração
Com sangue e miséria.
(Klayton W. Cavalcante – turma 1002)
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Poema do Vidigal
No Vidigal tem favela
Onde canta o AK
Os tiros que a gente larga
Lá na Roça
não vai largar
No céu do Arvrão
tem mais estrelas
Na trilha lá do Alto
tem mais flores
Nossa praia tem mais vida
No Vidiga
mais amor
Não permita Deus que eu morra
Antes de ver o meu Vidigal mudar
Onde eu possa ver meus netos a andar.
(Thalison Fagundes – turma 1002)
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Minha terra minha vida, meu eterno Vidigal
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas praças têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida
E nossos becos mais amores
Em cismar sozinho, à noite, ou com
A rapaziada mais prazer encontro eu
Lá no baile do Vidigal
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o M.C. Créu
Meu Vidigal tem primores que tais não
Encontro eu cá: em cismar sozinho no
Dia a dia mais prazer encontro na praia
Vidigal
Minha praia tem coqueiros e, além de tudo,
Um sol de rachar
Não permita que eu morra sem desfrutar
Das riquezas do meu eterno lugar.
(Josué L. de Oliveira – turma 1002)
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Vidigal
Mais que terra tão guerreira
Onde dá tiro a noite inteira
Vidigal com essa guerra
Não vou ficar só atrás da minha barreira
Preste muita atenção,
Olha nossa situação
Onde canta o AK,
E um irmão querido mora lá
Minha escola com a diretora injusta
Mas pra ela só a gente surta
Nesse morro a gente pede paz
Não seja otário, seja sagaz
Por favor, ajude nós
Dessa guerra tão feroz
Moro aqui há pouco tempo
E já sei que desde cedo
Tem muito sofrimento
Nessa guerra tão difícil,
Veremos os benefícios.
(Eduardo dos Santos – turma 1002)
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O sonho do trabalhador do Vidigal
Subo ao alto, vejo o mar
Terra sagrada para aqueles que amam
Viajar em suas pranchas,
Ondas batendo ao longe
Som de orquestra, música para os ouvidos
Se na imensidão vejo o infinito
Me encorajo a lá chegar
Pode me parecer tão distante
Aqui não me criei, mas aprendi a amar
Vidigal, terra boa de gente trabalhadora
Povo aguerrido que acredita
No alvorecer de um novo dia para recomeçar
Felicidade se vê ao longe
Pássaros que voam, que sobem e descem
Ladeiras íngremes, correndo
Atrás de um futuro promissor
Será utopia?
- Não sei! Mas o que falar de um sonhador?
Se Deus abençoou, pode acreditar
Se sua estrela ainda não brilhou,
Olhai para o céu
E peça uma oração ao Pai para lhe guiar.
(Ricardo Nascimento – turma 1002)
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Minha terra tem culturas
Onde vêm os estrangeiros
Eles aqui veem o que não
Tem em outro lugar
Nossas ruas têm mais artes
Onde eles costumam fotografar
Aqui tem praças onde não se
Veem em outro lugar
Minha terra tem culturas
Onde vêm os estrangeiros
Eles aqui veem o que não
Tem em outro lugar
Aqui tem a trilha do Dois Irmãos:
Um lugar pra relaxar
Aqui tem o Bar
da Laje
Onde não tem em outro lugar
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu seja alguém na vida
Para que eu possa viajar.
(Gabriel Ribeiro – Turma 1002)
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Minha terra é o Vidigal
O paraíso é aqui, lugar de turistas
E todos querem subir
Um lugar muito bonito
Um morro maravilhoso
Minha terra é o Vidigal
O paraíso é aqui
Muitas coisas acontecendo
Que nos deixam preocupados
A paz foi embora e o medo
Convive lado a lado
Só queremos a proteção
Para continuarmos aqui
Precisamos de paz
Para voltarmos a sorrir
Só queremos paz para poder andar
Na favela onde crescemos,
sem precisar se preocupar
Com mais nada aqui.
(Vitória Silva – turma 1002)
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Poema do Vidigal
Minha terra é o Vidigal
O silêncio se estende aqui
Entre becos e vielas
Sabemos que não é assim
Nossas casas de tijolos
Fruto do suor do trabalhador
Lindo pra quem observa de fora
Mas, para quem vive, é o horror
Entre becos e vielas
As vistas são belas
Minha casa é o Vidigal
Uma das mais singelas
Minha terra é o Vidigal
A alegria daqui brota
Mas, às vezes, sozinha à noite
Encontro homens idiotas
Minha terra é a favela
Onde canta a revolta
Não me permito morrer
Sem que eu veja minha favela crescer
Sem que cada rua prospere
E a paz volte a aparecer
Vidigal, favela linda
Onde canta o viver.
(Lohanne Farias – turma 1002)
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O Vidigal
No Vidigal a noite é reluzente
É envolvente o seu contexto
interior
Chegando perto, o morro cresce de
repente
Como um vulcão adormecido em
resplendor
Vidigal, os teus becos e vielas
Mostram atalhos para tamanha
sedução
Tantos mistérios que envolvem uma
favela
E por que será que chama tanto a
atenção?
Vidigal em forma de estrela
Pelo contorno do morro Dois Irmãos
Vida decente que vive juntando
cacos
Colheita maculada a poucos
grãos
Vidigal, um morro tão belo
Que esbanja tanta união
Vidigal não é muro de Berlim
Faixa de Gaza não passa por
aqui
Bandeira branca imaginária
pede paz
Da guerra urbana, desumana a
desunir.
(Diego Silva – turma 1002)
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Minha terra é o Vidigal
O medo em morar aqui
É que todo dia chega a notícia
Que morreu mais um morador
Aqui em nossa favela é um lugar de paz
Alegria, harmonia, um paraíso
Onde todos querem conhecer
Onde chama a atenção pelo seu visual
E aqui ouvimos os disparos das armas
Uns falam em sair, outros querem entrar
Mas onde eu nasci, cresci e aprendi
Não saio de jeito nenhum
Minha terra tem horrores que é a falta de educação
A falta de segurança é tão grande
Que quem tá de fora nem sabe
Não permita Deus que eu morra
Antes de entrar nesse lugar
Leve-me para o Vidigal que é um
Lugar tranquilo onde canta o sabiá.
(Nathalia Costa Julio – turma 1002)
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A Rocinha
Minha terra é a Rocinha
Um lugar cheio de família
Às vezes rola uma guerra perdida
Deus tenha piedade dessas famílias
Às vezes lembro de como era a Rocinha
Cheia de esperança e de vida
Isso a gente conseguia ver
Nas caras de umas crianças perdidas
Hoje em dia estamos em uma guerra travada
Só é mais uma de várias
Rocinha é isso: esperança e paz
Juntos, conseguiremos retomar a paz.
(Isac Pereira – turma 1002)
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Minha casa é no morro
Chamado Vidigal
Aqui sobe e desce escada:
É sensacional
Aqui vêm muitos turistas
Para ir na trilha Dois Irmãos
De gringo a francês
Chinês a nordestino
Tem Bar da
Laje para curtir
Casa da Tapioca para saborear
Quando chove a água
Lava escadas e becos
E as trovoadas dão até medo
O mudo em geral está perdido
Tantos tiros e mortes
poluição nos mares e com
Essa tal de corrupção
O povo cheio de ambição.
(Alice do Nascimento Costa – turma 1002)
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O morro do Vidigal
Eu moro no Vidigal
Aqui é muito legal
Subo alto, vejo o mar
E tem trilha para escalar
Tem o Bar da
Laje
Muita diversão também
O Mercado
Dois Irmãos
Tem muita festa e pancadão
“Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência”
Com bom senso, descaso por educação
Um irmão é maltratado e
Você olha para o outro lado?
Grita de dor o ferido e vocês
Ficam calados?
O mundo está perdido!
Tantas mortes e destruição
Tantos estragos e poluição
Se afogou na própria ambição.
(Marilha Rodrigues – turma 1002)
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Minha terra tem uma vista linda
Onde tem o mar que ilumina
Minha terra tem lindezas
Que não encontro em outro lugar
Nosso céu também tem estrelas,
Nossos campos têm mais flores,
Nosso Vidigal tem mais vida
Nossa vida mais amores
Sozinho à noite
Percebemos o silêncio
Minha terra tem uma vista linda
Onde tem o mar para iluminar
Minha terra tem estrangeiros
Onde eu encontro o dia inteiro
Sozinhos, à noite, percebemos o silêncio
Minha terra tem uma vista linda
Onde tem o mar que a ilumina
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá
Vidigal é minha terra
Onde de vez em quando tem uma guerra
Vidigal é minha terra
Onde eu não encontro em outro lugar
(João Pedro F. Cardoso – turma 1001)
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Minha Terra é o Vidigal
A insegurança mora aqui
Mas tenho de deixar claro
Nem sempre foi assim
Antes de sai de casa
Tem que olhar o noticiário
Se tá tendo tiroteio
Ou alguma operação
Por você ser um favelado
Alguns policiais se te
Pegam tarde da noite
Te tratam igual a um ladrão
O nosso dia a dia
Tá uma grande confusão
De um lado tiroteio
E do outro o ladrão
O Governo fala e fala
E até agora não vejo
Nenhuma ação e o jeito
É se apegar a Jesus
Cristo, só ele tem solução.
(Everton José S. Trindade – turma 1001)
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Minha terra tem tiroteio
Onde canta o AK
As aves que aqui passam
Os bandidos usam pra atirar
No nosso céu você vê traçante
Nas vielas morte e sangue
Nossos becos têm mais mortes
As ruas mais sujas de sangue
Em cismar, sozinho, à noite
Fico sozinho a pensar
Quem faz errado é o Governo
Quando eles vão pagar?
Minha terra é abençoada
Entre rosas e espinhos
Rosas limpas, sem espinhos,
Zona Sul, área de rico
Preços caros, vida cara, quase não se vive
Sobrevivente por instinto
Pagando caro, ganhando pouco:
Esse é o lado dos espinhos
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu veja aonde vai isso
Combate às drogas foi um fracasso
O Governo tá falido, em meio a tanto caos
Que permaneça esse sorriso
Já nascemos chorando
Não volte para o início.
(Gláucio F. Ribeiro – turma 3002)
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Vidigal no turismo
Minha terra Vidigal
Onde tudo julgam normal
Alegria contagia, agora temível
Vista bonita como tinta
Turista para lá
Turista para cá
Onde vive para tirar
O que não á
Noite a noite, dia a dia
Subindo o morro todo o dia
Avante, menos violência
No dia a dia
Morador, suando, trabalhando
Embrazando tentando ganhar
O pão que come difícil
Conquistar com o passar do mar.
(Rodrigo Faria – turma 3002)
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Vidigal lugar de paz
Onde a harmonia do dia
Feita pelos moradores
Se faz toda manhã
Moro no 14, e lá é
Tudo engraçado, porém
Também tem que se tomar
Cuidado, acredito que só
Vai a melhorar
Amo esse lugar, esse
Lindo lugar que tem a
Praia como quintal
De sua casa
É lindo acordar e ver
O mar pela janela
Gosto dos cantos que
Existem aqui.
(Bruno dos Santos – turma 3002)
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Meu lugar tem vista pro mar
Onde toca o funk
As pessoas que aqui cantam
Não cantam como lá
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas vielas têm grafites
Nossos morros mais gringos
Nossa vida mais tranquila
De quebrada, sozinho, à noite
Mais revolta encontro eu lá
Meu lugar tem vista pro mar
Onde toca o funk
Meu lugar tem horrores
Que tais não encontro lá
De quebrada, sozinho, à noite
Mais revolta encontro lá
Meu lugar tem vista pro mar
Onde toca o funk
Não permita Deus que eu morra
Sem que os veja dançar
Sem que desfrute das riquezas
Que, com meu suor, os ajudei a lucrar
Sem qu’inda ouça o silêncio
Onde toca o funk
(Otacílio Neto – turma 3002)
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Minha comunidade é
Um ótimo lugar para
Se morar, tem lindas
Casas com vista para
O mar e um lindo campo
Para as crianças brincar
Minha comunidade tem
Ótimos restaurantes e
Botecos de culturas
E diversos paladares para
Saborear
Minha comunidade tem
Ótimas pessoas do bem
Diferente do que a burguesia
Vê e pensa
Minha comunidade já
Teve muitos momentos
De guerra, mas também
Já teve muitos momentos
De paz.
Na minha comunidade
Fui nascida e criada
E tenho orgulho de morar
Minha comunidade é o Vidigal.
(Maria Eduarda de Souza – turma 3002)
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No meu lugar
Tem ligação
Entre favela e asfalto
Por seu contraste acaba
Se tornando a poesia
Da cidade
Sobre Vidigal, lugar de
Gente de bem, onde tem
Pedreiro, carpinteiro e
Cozinheiro
Lutamos para ser feliz
O ano inteiro querendo
Paz e sossego
Olhando do alto do morro
Vejo uma comunidade
Com sua luz reluzente
Seus becos e vielas
Envolventes pedindo
Paz novamente
(Maria Eduarda Marinho – turma 3002)
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Poesia do Vidigal
Minha terra é o Vidigal
Onde o sabiá não há de cantar
Aqui ouço os tiros diários,
Os quais eles não ouviriam de lá
No céu, à noite, até têm estrelas,
Mas os traçantes há de passar,
Muitas vidas são tiradas
Das famílias que há de chorar
Fico sozinho de noite a pensar
Quando essa guerra há de acabar;
Minha terra é o Vidigal,
Onde o sabiá não há de cantar
Minha terra tem esculachos,
Os quais eles não encontram lá
Fico sozinho de noite a pensar
Quando essa guerra há de acabar;
Minha terra é o Vidigal
Onde o sabiá não há de cantar
Não permita Deus que eu morra
Sem poder ver minha comunidade melhorar
Sem poder ver as crianças brincando
Onde no momento elas não podem brincar
Eu nasci no Vidigal
Onde um dia o sabiá há de cantar.
(Luiz Carlos T. de Oliveira – turma 3002)
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Rocinha
Minha
terra é a Rocinha,
Ela
é a maior favela
Que
você nem imagina
Na Rocinha a noite é reluzente
É envolvente o seu contexto interior
Chegando o túnel, o morro cresce de repente
A passarela não é o Muro de Berlim
Faixa de Gaza não passa por aqui
Bandeira branca imaginária pede o fim
Da guerra urbana, desumana, a desunir
O final de semana é só lazer,
A noite é só prazer
Momentos ruins tentamos esquecer
Momentos bons tentamos viver
E no futuro só Deus sabe o que vai acontecer...
No ano de 2017 na Rocinha foi só guerra,
Os moradores vivenciaram à vera,
Tentamos deixar de lado,
Mas vai ficar marcado
Os moradores pedem paz,
E nada mais...
Esta cidade dentro de outra cidade
Este universo que o meu verso relatou
Nesta cidade abençoada... Oh, Criador!
Ousadia e alegria, vamos viver cada dia.
(Brendow de Souza Santos – turma 3002)
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Minha terra é o Vidigal
Onde encontramos a mistura brasileira
Tem negro, branco, pobre e nordestino
Tem negro, branco, pobre e nordestino
Mesmo sendo uma favela
Há divisão de melhorias
Uns com mesa farta e
Outros na pobreza infinita
Nosso céu tem muitas estrelas
Nossas vielas mais amores
Quando você olha pra criança
De chinelo e suja na favela
Vê nele um traficante?
Nossas vielas mais amores
Quando você olha pra criança
De chinelo e suja na favela
Vê nele um traficante?
Vidigal tem primores
Mas como um conjunto de pessoas
Sem dinheiro para
Uma alimentação adequada
Pode abastecer drogas e armas milionárias?
Mas como um conjunto de pessoas
Sem dinheiro para
Uma alimentação adequada
Pode abastecer drogas e armas milionárias?
O verdadeiro traficante
Está pedindo seu voto na eleição
Pra depois dizer
Que não tem verba para o povão
Está pedindo seu voto na eleição
Pra depois dizer
Que não tem verba para o povão
Depois o povo sai nas ruas
Pedindo igualdade e educação
Pedir paz é muito meu irmão?
Pedindo igualdade e educação
Pedir paz é muito meu irmão?
Que Deus não permita mais violência
E desigualdade no morrão
Mesmo com tudo isso
Deitarei na minha cama
Sonhando com ordem e
E desigualdade no morrão
Mesmo com tudo isso
Deitarei na minha cama
Sonhando com ordem e
Progresso da nossa bandeira
Sem nunca desistir de sonhar
Com a alegria verdadeira.
Sem nunca desistir de sonhar
Com a alegria verdadeira.
(Ariadny dos Santos - turma 3002)
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Armando que chamou Nonato
que chamou Carlinhos
que chamou Paulinho
que chamou Filomena
que chamou Felícia
que chamou Mário Sérgio
que chamou Conceição
que chamou Dr. Jairo
e todos juntos e muitos outros
com muita luta, dedicação
resistiram aos militares
e o Vidigal virou milhares!
Obrigado aos heróis de 40 anos atrás!
(Marcos Luiz C. dos Santos – turma 1003)
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Trabalho orientado pelos professores Adilson Severo e Bárbara Nascimento.
Muito obrigado aos alunxs!













